O aplicativo de mensagens WhatsApp está presente em 99% dos smartphones brasileiros. Tem baixo custo de navegação, já que consome pouco do pacote de dados e é hoje o principal meio de informação segundo pesquisa realizada pela Câmara dos Deputados e Senado. Os dados não poderiam ser mais claros: tenha um plano estratégico para usar essa plataforma na sua campanha!
É importante conhecer a plataforma antes de traçar uma estratégia. Pesquisa da Mobile Time aponta que 74% dos usuários estão em grupos de família, 57% nos de trabalho e 14% estão em algum de política. Isso também não quer dizer, preliminarmente, que somente esses 14% são engajados politicamente, já que o consumo, a criação ou o compartilhamento deste tipo de conteúdo pode ocorrer em outros grupos, como os de família ou amigos, por exemplo.
Outro dado relevante é que 91% usam o WhatsApp para troca de texto. Em seguida vem o envio de mensagens de áudio (81%), imagens (80%), chamadas de voz (71%) e envios de vídeos (67%). Portanto, priorize as imagens e os áudios.
Mais íntimo do que uma rede social aberta, o WhatsApp é uma poderosa ferramenta mobilizadora, além de possibilitar uma troca de mensagens diretamente com o eleitor e a viralização de conteúdo. Isso aproxima, engaja e causa um sentimento de pertencimento. A possibilidade de que um eleitor que troca mensagens com você pelo aplicativo acabe se engajando na sua campanha, é muito maior que em outras redes.
Mas antes de começar a divulgar seu número de WhatsApp de campanha é importante primeiro organizar os dados dos seus eleitores. Os leads são o novo petróleo. Se você possui nomes, números de telefone, endereço, e-mail e aniversários, então, tem um valioso patrimônio. Caso ainda não tenha, comece por uma planilha no Excel com todos os seus contatos. Em seguida, crie estratégias para conseguir novos dados. Pode ser realizando um evento voltado para o seu público com captura de leads ou uma landing page para baixar algum material, por exemplo.
Separe esses contatos por segmentação para facilitar a identificação. Isso pode ser por região, sexo ou por suas bandeiras. Já seus apoiadores (ou líderes comunitários) devem estar separados dos outros contatos. Afinal, eles são seus multiplicadores e receberão conteúdos e missões exclusivas.
Nossa dica aqui é que você faça listas de transmissão por segmentos. Deixe os grupos somente para sua equipe de campanha e apoiadores. Os grupos são mais difíceis de serem controlados, as pessoas enviam conteúdos aleatórios e há maior possibilidade de surgir uma crise.
Não use o WhatsApp sem medida. Evite enviar mensagens todos os dias e quando o fizer, escolha conteúdos realmente relevantes. Mensagens motivacionais, bom dia, boa tarde, boa noite e conteúdo religiosos podem afastar seus eleitores e fazer com que o bloqueiem.
Outro ponto importante: respeite seu eleitor. Envie uma mensagem para cada contato informando que esse é o WhatsApp da campanha e se colocando à disposição. Solicite que ele grave o seu número no celular e pergunte se deseja receber suas novidades. Caso alguém peça para sair da sua lista, delete e não o incomode mais. Tem pessoas que realmente não gostam deste tipo de interação.
Por fim, evite ser bloqueado pela plataforma. O que pode causar o bloqueio: envio de mensagens em massa sem utilizar a lista de transmissão; ser bloqueado por muitas pessoas; envio de mensagens ilegais. Reincidir em erros também pode te banir e você perde o número. O WhatsApp é a grande estrela da comunicação da campanha, principalmente com a possibilidade de suspensão do Telegram. Use com estratégia e inteligência.
Especialista em Comunicação Estratégica, Diretora de Marketing Digital da Times Comunicação.