O artigo de hoje terá uma abordagem diferente, com o objetivo de entender a importância do desenvolvimento de lideranças no Brasil. A necessidade do desenvolvimento de competências socioemocionais tem tomado cada vez mais relevância nos dias de hoje, e a competência técnica deixa de ser o único diferencial em um currículo! Diante disso, apresento-me aqui como Presidente Organizacional da Strategos Consultoria Política Júnior, empresa júnior de consultoria política vinculada a Universidade de Brasília.
Essa apresentação é necessária, pois pretendo apresentar aqui a importância do desenvolvimento de lideranças desde cedo na carreira, um ponto altamente incentivado pelo Movimento Empresa Júnior no Brasil. Ademais, também se faz necessário apresentar o conceito de liderança servidora, que rompe os paradigmas hierárquicos e autoritários dos antigos modelos empresariais.
Movimento Empresa Júnior e a Relevância para o Desenvolvimento de Novas Lideranças
O Movimento Empresa Júnior (MEJ) tem o objetivo de formar, por meio da vivência empresarial, lideranças comprometidas e capazes de transformar o país em um Brasil empreendedor. Desde 2010, o MEJ já impactou mais de 70 milhões de reais na economia brasileira, que são integralmente reinvestidos na educação empreendedora dos estudantes.
Assim, há empresas juniores no Brasil todo, formada exclusivamente por estudantes no processo de graduação. Logo cedo, o estudante é capaz de exercer a liderança e ocupar cargos extremamente relevantes para uma boa vivência empresarial, impactando sua vida a curto e longo prazo.
A especialista em lideranças Danielli Viana prestou entrevista ao jornal “Hoje em Dia”, afirmando que “Nestes últimos tempos, principalmente depois da pandemia, os líderes têm sido convidados a se reinventar, ressignificar muitos conceitos de gestão e a reaprender práticas, isso porque aqueles modelos muito centrados na hierarquia, no comando e controle não têm mais espaço. Nesta nova conjuntura, os líderes estão sendo convidados muito mais a serem facilitadores do processo de desenvolvimento das pessoas, equilibrando práticas de gestão e de liderança, eles estão trazendo o ser humano pro centro das decisões e dos processos.”
E nessa linha que novas lideranças têm sido trabalhadas e as que já atuavam da maneira antiga estão em processo de transformação. As habilidades de comunicação, delegação de demandas, resiliência ao lidar com frustrações, empatia e adaptação às mudanças têm sido cada vez mais requisitadas em um mundo imprevisível e com rápidas e frequentes mudanças. Diante disso, um dos conceitos mais relevantes que pretendo apresentar, que envolve grande parte dessas habilidades socioemocionais, é o de liderança servidora.
Os princípios de uma Liderança Servidora
O termo liderança servidora foi apresentado pela primeira vez por volta de 1970, escrito por Robert K. Greenleaf. No texto, Greenleaf apresenta a estratégia de forma alternativa à gestão de autoridade. Vicky Bloch, professora da FGV, também fez uma breve análise das lições de Greenleaf e sobre o que a realidade pandêmica proporcionou aos antigos e novos líderes.
“No cenário atual, em que a pandemia virou de ponta-cabeça modelos estabelecidos e prioridades, nada mais verdadeiro e necessário do que contarmos com líderes que colocam o bem-estar do próximo acima dos seus próprios interesses ou puramente dos resultados financeiros.”
Acima de tudo, a pandemia proporcionou um modelo híbrido ou completamente remoto da atividade de muitos dos subordinados. Apesar dos métodos de fiscalização mais rígidos de controle do trabalho, ser um líder servidor pode tornar esse método desnecessário, proporcionando uma boa convivência empresarial mesmo à distância.
Sem mais delongas, a Liderança Servidora está presente naquele que preza pela construção de uma cultura de aprendizagem, em que todos os indivíduos são encorajados a crescer e se tornarem pessoas-chave dentro da empresa. A boa comunicação e empatia que o líder desenvolve com os membros da empresa funciona como um método alternativo gerador de resultados, inclusive financeiros, para a instituição. Um líder servidor não deixa de lado os resultados, ele apenas acredita que a hierarquia e o autoritarismo não é o único método para tal.
Conclusão e uma Recomendação
É nessa perspectiva que podemos compreender a realidade do desenvolvimento de lideranças no Brasil e, quiçá, no mundo. Convido os leitores a darem uma atenção especial para esse tipo de material, que possui total relação em como gerir as relações de trabalho. Ademais, como indicação aos mais interessados para o desenvolvimento de equipes e liderança, recomendo um livro que todas as gestões da Strategos Consultoria Política Jr. costumam ler e debater: “Os 5 Desafios das Equipes”.
Dentro desse livro, estão 5 desafios que todas as equipes precisam levar em consideração para terem uma boa convivência. Os cinco desafios são falta de confiança, medo de conflitos, falta de comprometimento, evitar responsabilizar os outros e falta de atenção aos resultados. Boa leitura!
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Graduando em Ciência Política na Universidade de Brasília (UnB) e Presidente da Strategos Consultoria Política Jr.
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